VIVENDO PARA AGRADAR A DEUS
O Apóstolo Paulo, escrevendo aos Tessalonissenses em sua primeira carta,
disse: “quanto ao mais, irmãos, já os instruímos acerca de como viver a fim de
agradar a Deus e, de fato, assim vocês estão procedendo” (4.1). Essa palavra de
Paulo diz respeito ao modo do viver cristão: um viver para agradar a Deus. Pois
aqueles que foram chamados para caminhar com Ele não vivem mais apenas para si,
mas vivem para Deus. Veja o que disse o Apóstolo: “pois nenhum de nós vive
apenas para si... se vivemos, vivemos para o Senhor...” (Romanos 14:7,8).
Essa questão que Paulo trata tem suma relevância, pois fala da diferença
entre sermos, meramente, religiosos, isto é, alguém que tem uma religião, mas
no fundo vive para si mesmo; ou sermos, verdadeiramente, cristãos. Esse desejo
de um viver santo vem do exemplo dado por Cristo, que “nos constrange”, pois
tanto amou ao homem pecador a ponto de morrer por ele. Por isso, o Apóstolo
fala para que os seguidores de Jesus “já não vivam mais para si mesmos, mas
para aquele que por eles morreu e ressuscitou” (2Coríntios 5:14,15).
Agradar alguém significa fazer a sua vontade. Assim, Paulo, falando
dessa questão aos Tessalonissenses, diz: “a vontade de Deus é que vocês sejam
santificados: abstenham-se da imoralidade sexual. Cada um saiba controlar o seu
próprio corpo de maneira santa e honrosa, não dominado pela paixão de desejos
desenfreados, como os pagãos que desconhecem a Deus” (1Tessalonissenses 4:3-5).
Em outros pontos de sua literatura, ao falar sobre a vida santa, o Apóstolo
discorre sobre outros aspectos, mas, aqui, é específico na questão sexual.
É claro que o sexo é uma bênção de Deus para a felicidade do casal, que,
no matrimônio, vive a expressão de um amor profundo em que ambos, homem e
mulher, são um e desse amor a humanidade se perpetua no tempo. Fora do
casamento, contudo, a Palavra de Deus vê o sexo como grave pecado. Enxergar o
outro não como um ser integral, mas apenas como mero objeto de prazer é um
reducionismo da visão caída. Entregar-se à prostituição significa abdicar a
condição de pessoa para tornar-se coisa, objeto; e usufruir da imoralidade
sexual como fonte de prazer é escravizar-se à degradação do ser.
É claro que esse assunto é difícil de ser tratado, pois o apelo sexual,
na sociedade contemporânea, é muito forte, e impacta a todos nós. Mas o cristão
precisa enfrentar essa questão e lutar consigo mesmo para alinhar-se à vontade
de Deus. Amar envolve um certo esforço, um certo sacrifício. Não disse Jesus
que o maior mandamento é “ame o Senhor, o seu Deus, de todo o seu coração, de
toda a sua alma, de todo o seu entendimento e de todas as suas forças” (Marcos
12:30)? “Com todas as suas forças” mostra que é preciso fazer um esforço, um
empenho para abandonar o pecado.
A esse respeito, “o SENHOR disse a Caim: por que você está furioso? Por
que se transtornou o seu rosto? Se você fizer o bem não será aceito? Mas se não
o fizer saiba que o pecado o ameaça à porta; ele deseja conquistá-lo, mas você
deve dominá-lo” (Gênesis 4:6,7). Sim, é verdade que o Espírito nos ajuda a
viver uma vida santa, mas cabe ao homem e à mulher um esforço, um desejo, um
movimento em direção à santidade. Falando aos Efésios sobre essa questão, Paulo
escreveu: “entre vocês não deve haver nem sequer menção de imoralidade sexual
como também de nenhuma espécie de impureza e de cobiça; pois essas coisas não
são próprias para os santos” (5:3).
Antônio Maia – M. Div.
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